Nossa vida é como uma gaveta.
Quando a doença chega, vemos a gaveta despencar, se quebrar... tudo se esparramar no chão... e aí, o que fazer?
Temos duas opções: ou deixamos tudo ali esparramado, embaralhado, sem utilidade... porque arrumar dá trabalho, requer força e vontade, ou resolvemos pôr as coisas no lugar, fazer uma nova arrumação, pois vemos que aquela que existia já não mais nos serve. Pra isso contamos com nossa força e com a ajuda daqueles que querem ver a gaveta novamente no lugar. Começamos então a revirar as coisas, e por vezes temos a impressão que não iremos jamais conseguir uma nova arrumação, mas continuamos... e vamos colocando as coisas no lugar, e incrivelmente descobrimos que tantas coisas estavam ali guardadas sem a menor utilidade... os rancores, as discórdias, os desamores... ah, mas também descobrimos tantas coisas lindas que não lembrávamos que existiam, coisas que ficaram por anos e anos cada vez mais afogadas por outras sem a menor importância... Ressurgem então sentimentos que nos fortalecem e nos ajudam a enfrentar o que de pesado possa vir pela frente. Unindo forças, colamos, pregamos e recuperamos a gaveta, agora mais forte e arrumada. Marcas de pregos, de cola? Sim, mas e daí? Ela agora está mais forte do que sempre esteve. E a gaveta volta então pro seu lugar, ocupando seu espaço no grande armário que é o mundo.
by Marta Elini
A vida como uma gaveta foi brilhantemente escrita pela psicóloga Marta Elini. E é assim mesmo não é? E não é só quando uma doença surge não, isso vale para qualquer problema.
Pensem nisso ;)
Organizem suas gavetas! Pensem nas coisas que têm guardado. O que não vale mais a pena, se desfaça, dê espaço para novas coisas. Seja feliz!
Débora Moura.