quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Como está o tratamento?

Esse texto é para todos aqueles que querem saber como estão as coisas comigo.
Ouço muito: Como está o tratamento?
E encaro essa pergunta com a maior normalidade do mundo. Afinal, as pessoas que se importam comigo querem saber se estou bem ou não e como as coisas estão caminhando.
Pois bem… Sou renal desde Abril deste ano, descobri o problema 4 dias depois do meu aniversário, como já foi relatado em outra oportunidade. Fiquei internada durante algum tempo e de cateter. Depois que retirei o cateter, voltei a minha vida normal. Tenho algumas restrições alimentares, preciso tomar alguns medicamentos e obviamente comparecer 3x por semana na clínica para dialisar.
Quando não estou na clínica, tenho minha vida normal. Eu vou para academia, eu saio a noite, danço, tomo meu banho de piscina, curto cinema, enfim… me divirto como qualquer outra pessoa.
Algumas pessoas que não me vêem algum tempo e sabem do problema, quando me encontram se ‘surpreendem’, porque sabendo do meu caso, esperam encontrar uma pessoa com cara de doente e não é isso que acontece.
Não me deixei e nem vou me deixar abater por causa da insuficiência renal. Adaptei minha vida a essa nova rotina de precisar fazer hemodiálise.
Cheguei a voltar para minhas aulas de dança, não dei continuidade, pois haveria uma apresentação e como às vezes ocorre hematoma, fiquei com receio de me comprometer com algo e não conseguir cumprir. Aliás, o único problema que tenho tido nesse tempo é o hematoma mesmo, mas nem sempre acontece, já faz um tempo que não ocorre.
Então pessoal, está tudo bem comigo! Agradeço a preocupação, oração de todos e as estimas de melhoras. Eu continuo na caminhada para o transplante, vai dar tudo certo, JÁ DEU! Deus está na frente de tudo isso!
A vida taí minha gente! Não é porque sou renal que deixei de viver!

Débora Moura

Um comentário:

  1. Oi Débora!

    Vc falou uma coisa certa, as pessoas esperam… e você está remando contra a maré. Como mta gente já postou aqui isso é admiravel. Pq a gente tem mesmo o costume de relacionar doença = doente. Não estou dizendo que o seu caso é unico, tenho certeza que devem existir outras pessoas admiraveis como você, que conseguem “correr por fora” da doença ou ainda conviver bem com ela. Mas talvez, se a gente parar pra pensar um pouquinho, isso possa ser também uma certa influencia de mídia e tal… que nos mostra mais os que ficam muito comprometido com a doença (e nao digo só a sua, mas todas as cronicas) do que quem consegue viver para além da doença.
    Como vc diz, é algo que você teve que aprender a administrar e não simplesmente o que norteia a sua vida… até pra mim é mais fácil falar do que compreender essas coisas rs acho que tem muito da cultura aí o meio.
    Bom, nem sei pq to escrevendo tudo isso, acho que pra interagir mesmo rs.

    É bom saber desse ritmo de vida que está levando, e acrediro MUITO que o seu processo de transplante vai ser de sucesso e você vai conseguir melhorar mais ainda as restrições.

    bjs e carinhos!!!!

    ResponderExcluir