segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sorrir...

No dicionário:
1. Rir sem gargalhada, fazendo apenas um pequeno movimento com os lábios
2. Dirigir sorriso a.
Na medicina:
Está comprovado que bom humor e otimismo vacinam nosso corpo contra todo tipo de doença. O funcionamento do corpo melhora e várias dores diminuem visivelmente.
Quem sorri estimula o cérebro a liberar endorfina e serotonina — substâncias responsáveis pela sensação de prazer e felicidade. Essas substâncias proporcionam uma sensação de leveza e bem-estar, além de ativarem o sistema imunológico.
No meu entender:
Sorrir é sempre melhor que chorar, mas chorar às vezes é preciso.
Sorrir assim que acordar, faz com que aumentem as possibilidades do dia ser bom.
Sorrir mesmo que seja um sorriso triste, alimenta a esperança de que as coisas vão melhorar.
Sorrio porque um dia fui muito feliz.
Sorrio porque hoje sou muito feliz.
Sorrio porque um dia serei muito feliz.
Sorrio até sem motivo aparente.
Sorrio sempre.
E sempre irei sorrir.
Sorrio porque gosto de sorrir!
Experimente!!
Libere mais endorfina e serotonina.
Sinta mais prazer e felicidade na sua vida!

Débora Moura

sábado, 27 de agosto de 2011

Ser Psicólogo

Ser Psicólogo, é ouvir, é sentir o que o outro sente, sem se deixar influenciar por estes sentimentos
Ser Psicólogo, é ser investigador
Ser Psicólogo, é mostrar ao outro aquilo que muitas vezes ele não deseja ver, e que em outras ele deseja mas não consegue
Ser Psicólogo, é tentar estar livre de preconceitos
Ser Psicólogo, é possuir a chave que abrirá muitas caixas de segredos
Ser Psicólogo, é ter a possibilidade de colocar-se no lugar do outro e poder voltar
Ser Psicólogo, é ver o mundo com outro olhar
Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.
É também uma notável dádiva de desenvolver o dom de usar a palavra, o olhar, as expressões e até mesmo o silêncio.
O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.
Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério. Mas não apenas isso, é também um grande privilégio. Pois não há maior que o de tocar no que há de mais precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo, seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.
É poder desfrutar de uma inefável bênção que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.
Ter o privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que não tinha com quem contar para dividir sua solidão, sua angústia, seus desejos.
Ser psicólogo é sempre aprender a ouvir sem julgar, ver sem escandalizar, e sempre acreditar no bem.
Mesmo na contra-esperança, esperar.
É simplesmente ter o privilégio de viver para ajudar as pessoas a serem mais felizes e fazê-las compreender que isso só começa quando a cada um consegue realmente se conhecer e se aceitar.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dependendo de sucata

A realidade de quem depende de um tratamento é complicada. E não estou dizendo isso pelo atendimento dos profissionais de saúde não. Digo isto, pois presencio a chegada dos pacientes na clínica de hemodiálise e simplesmente não tem máquina funcionando para dialisá-los. Hoje mesmo, no meu Box, duas pacientes só conseguiram entrar duas horas depois do seu horário pré-estabelecido.
O que seriam 4 hs do dia “perdidas”, acabam sendo 5/6hs “perdidas”. Não tem jeito. Nós, pacientes renais, dependemos daquelas máquinas. E se a que está “reservada” pra você não está funcionando direito, a única saída é aguardar vagar uma que esteja funcionando. Digo que é a única saída, porque a outra opção seria ir embora revoltado da vida com a situação, mas assim, colocaria em risco somente sua própria vida. E se tornaria apenas mais um número nas estatísticas.
Dependemos de máquinas que são verdadeiras sucatas. O que fazer? São mesmo sucatas, mas necessitamos delas. Reclamar ao SUS nossa triste realidade. Será que isso resolve? Tomara que sim. Mas e se resolverem embargar a clínica por conta disso, será que não seria pior. Então… O que fazer? Paciência. É preciso ter paciência e procurar uma solução para isso. Mas solução sábia, pois não adianta revolta, baderna, isso só causaria mais problemas.
Vejo os técnicos, os enfermeiros de um lado para o outro, arrastando máquina pra cá, pra lá; maneja paciente do box daqui, para o box dali; sobe máquina, desce máquina, chama a manutenção, explica ao paciente que está aguardando que o problema é na máquina. Rotina difícil, tanto para quem depende, tanto quanto para quem trabalha ali. Os profissionais que gostam do que fazem se limitam ao funcionamento daquela máquina, se ela não funciona, ele não trabalha e sendo assim o paciente não dialisa. Quando é que algum poder público de saúde vai olhar para nós?
Amanhã, estarei em São Paulo. A caminhada para o transplante se iniciará pra valer. Espero que tudo dê certo (Vai dar!!).

Débora Moura.

domingo, 14 de agosto de 2011

Ele

Ele é aquele que conta piada
E sua dança é muita engraçada
Ele na cozinha arrebenta
Desde o arroz e feijão
a uma deliciosa polenta
Ele faz um churrasco que é de arrasar
Só em doce que não é de se arriscar
Ele gosta de escrever
E ainda solta pipa
Vocês precisam ver
Num segundo está na laje
No outro já está no portão
Se alcança a linha da pipa, grita:
“Tá na mão!”
Ele quando tem tempo vai pescar
Diz que assim consegue relaxar
Da vida tem muita história pra contar
Tem amigos em todo lugar
Ele gosta de ouvir Fagner
e também de cantar
Às vezes ouve Dejavú
Parece até que é pra me irritar
Ele vê a vida de uma simples maneira
Não é de esquentar a cabeça
Com qualquer bobeira
Ele é um grande homem
E eu o chamo pelo nome
Dizem que somos parecidos
Acho que por isso sempre fomos unidos
Quem é ele?
Ele é meu melhor amigo
Ele é meu pai querido
Feliz dia dos Pais!
Celso, eu te amo demais!

Débora Moura

sábado, 13 de agosto de 2011

Tente outra vez

Sábio Raul Seixas.
Hoje nem preciso escrever muito, esta letra traduz muito do que eu já postei aqui e sobre o que penso à respeito da vida.
Podemos sempre cruzar a ponte. Precisamos ter fé em Deus, fé na vida! E se não der certo, tentar mais uma vez. Desistir jamais.

Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez

Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não

TenteLevante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar,
não não não não
Há uma voz que canta,
uma voz que dança,
uma voz que gira
Bailando no ar

Queira
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez

Tente
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez

Débora Moura

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Agosto

Mês de muitas expectativas.
Daqui alguns dias irei à um hospital em São Paulo para realização de exames para o transplante. Meu pai irá me acompanhar, e como já foi dito em outro texto a princípio, ele é meu doador. Faremos exames de compatibilidade. A expectativa é grande!
Na hemodiálise, tenho tido alguns problemas. A pulsão é sempre um momento difícil, além das agulhas serem grandes, tenho tido hematomas espontâneos e por várias vezes meu sangue coagula. Sendo assim, acabo sendo furada mais de duas vezes. Os técnicos, os enfermeiros, todos tem tido cuidado com minha fístula, mas a dor tem sido inevitável.
Tentei trocar meu horário na clínica, mas infelizmente não foi possível. Sou do 2º turno e o horário acaba ficando muito apertado para eu ir à faculdade. Além de que, tenho a viagem a São Paulo já agendada e tudo dando certo (vai dar!!), me internarei novamente antes do final do ano, já para realizar o transplante. Então muitas aulas seriam perdidas. Foi mais uma decisão difícil, mas depois de muito pensar, decidi trancar este período.
Foi difícil antes de qualquer coisa, porque ser psicóloga é um sonho, é o meu maior desejo, é meu objetivo! Quero poder ajudar as pessoas com a profissão que escolhi pra minha vida. Quero poder dar orgulho aos meus pais por me formar.
Foi difícil também, pelos amigos que fiz pelo caminho, não seremos mais da mesma turma. Sentirei falta da companhia em sala. Mas pensando assim, logo me vem a mente de que os amigos de verdade permanecerão, independente de qualquer coisa, e comigo eles também podem contar, como pude nos momentos em que mais precisei.
Vida completamente mudada. Tenho vivido um dia de cada vez, e feito o que meu coração manda. Momentos difíceis sim, mas tenho certeza de que melhores virão. Minha história vai sendo escrita aos poucos, sem pressa, mas com muita fé, otimismo e vontade de viver bem!
Aos poucos as coisas vão se ajeitando.
Digamos que estou fazendo do meu limão, uma limonada. Limão é azedo, mas posso transformá-lo em uma doce limonada. E foi o que decidi fazer. Não há como prever o que a vida vai nos revelar, da noite pro dia tudo pode mudar, mas posso sempre procurar fazer o melhor. É o que tenho feito! Se hoje estou bem (mesmo com tudo o que tem acontecido), foi porque eu decidi que quero ficar bem, eu posso ficar bem! O apoio da minha família e amigos também tem sido muito importante e tenho tido sorte em encontrar bons profissionais de saúde pelo meu caminho.



Débora Moura