terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pra que tudo isso?


Talvez tenha sido para aproximar algumas pessoas e afastar outras. Estreitar alguns laços e cortar outros.
Pode ser que tenha sido pra que as pessoas vejam que é possível continuar vivendo feliz mesmo diante de um problema.
Talvez tenha sido pra que eu aprendesse a ser mais paciente.
Pode ser que tenha sido pra eu conhecer as pessoas que conheci pelo caminho.
Talvez tenha sido para que eu voltasse a escrever e através das palavras ajudar outras pessoas.
Pode ser que tenha sido para me direcionar profissionalmente, já que Psicologia é o que escolhi pra minha vida.
Talvez a minha história de vida sirva de lição.
E pode ser que a lição seja somente para mim.
Pode ser pra que eu tenha mais fé.
Talvez seja pra que eu conheça a força que desconhecia ter.
Pode ser que eu precise levar alegria de viver para algumas pessoas que por outros motivos deixam de sorrir.
Talvez tenha sido pra poder fazer coisas que antes não tinha tempo.
Sei lá!
Posso levantar várias suposições. Mas o que importa?
Importa que tenho aprendido.
Importa que não é porque tenho um problema que deixei de sorrir. Não mesmo! Aliás, é esta alegria de viver e a fé em Deus que me fazem continuar firme e forte no meu caminho.
Importa que tenho minha família do meu lado e o apoio de verdadeiros amigos.
Importa que sou feliz.

Débora Moura.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O que faltava no blog

Aproveitando a data de hoje (Dia do Médico) resolvi fazer uma postagem que faltava aqui.
Tenho relatado um pouco da minha história na hemodiálise, mas isso só é possível porque alguém há anos atrás, um médico, inventou a máquina de hemodiálise. É difícil se ver dependente dela, mas se ela não tivesse sido inventada, eu e muitas outras pessoas já não estariam aqui.

Willem Johan Kolff (14/02/1911 – 11/02/2009) médico holandês, naturalizado estadunidense, considerado o “pai dos órgãos artificiais”. Inventou a máquina de hemodiálise (rim artificial) em 1941 e tratou o primeiro paciente em 1943. Kolff era um jovem médico em Groningen na Holanda antes da segunda guerra mundial quando viu um jovem de 22 anos morrer de insuficiência renal. Então ele pensou: “se lhe conseguisse remover 20g de uréia diariamente, ele poderia ter sobrevivido”.
Então ele idealizou uma máquina que utilizava cerca de quarenta metros de tubos de membrana de acetato de celulose enrolada num tambor rotatório, o qual mantinha-se mergulhado em uma bacia contendo a solução de diálise. Uma bureta coletava o sangue do paciente (não havia bomba de sangue), e pela ação da gravidade o impulsionava através da membrana dialisadora. O sangue, depois de purificado, retornava ao corpo do paciente. (TUOTO, 2006).
A história registra quinze pacientes tratados pelo rim artificial antes que um deles sobrevivesse. A primeira sobrevivente foi Sophia Schafstadt, atendida em setembro de 1945, em coma. Após a hemodiálise, a paciente recuperou a conciência e viveu por mais sete anos. (TUOTO, 2006).
Em 1950 Kolff emigrou para os Estados Unidos onde iniciou um projeto de pesquisa para o desenvolvimento de um coração artificial. Em 1982, Kolff e sua equipe desenvolveram e implantaram o primeiro coração artificial (o “Jarvik-7″) em um ser humano, o paciente Barney Clark. (TUOTO, 2006).
Em 2002, aos 91 anos, recebeu juntamente com Belding H. Scribner, da Universidade de Washington, o Prêmio Albert Lasker em Pesquisa Médica Clínica pela criação do rim artificial. Scribner e sua equipe desenvolveram um dispositivo em forma de “U” colocado permanentemente no paciente, atuando como uma fístula arteriovenosa, à qual é conectada a tubulação da máquina de diálise. Esse dispositivo propiciou a utilização da hemodiálise em um número cada vez maior de pacientes. (TUOTO, 2006).
Ainda em 2002, Kolff acompanhava os projetos de um pulmão artificial transportado pelo próprio paciente e do olho artificial para pacientes cegos.
Foi indicado ao Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2003, juntamente com William H. Dobelle, um de seus colaboradores, mas o prêmio acabou ficando com Paul Lauterbur (EUA) e Peter Mansfield (Grã-Bretanha) por suas descobertas no campo da ressonância magnética.

Graças a Willem Johan Kolff, eu e milhares de pessoas se mantiveram ou se mantém vivos em todo o mundo com a sua invenção. Obrigado Dr. Willen Johan Kolff pelos anos de trabalhos e estudos prestados a humanidade.
Parabéns à todos os médicos pelo dia de hoje!

Débora Moura.

domingo, 2 de outubro de 2011

Aprendi...

Aprendi que não adianta querer resolver as coisas pra ontem.
Aprendi que preciso sempre fazer minha parte, mas é preciso ter paciência e esperar em Deus para que as coisas se resolvam.
Aprendi que são das pessoas que não esperamos que ouvimos o que precisamos.
Aprendi que amor de pai e mãe é incondicional como sempre ouvi dizer.
Aprendi que às vezes é preciso parar para depois continuar trilhando seu caminho mais firmemente.
Aprendi que se tem amigos de verdade, não importa quanto tempo você não os encontra, ou se foram morar em outra cidade, ou quanto tempo você os conhece, quando precisar, eles estarão ao seu lado.
Aprendi que nem todos os médicos são frios e distantes, existem os humanos também, tive o prazer de conhecê-los.
Aprendi que ninguém é tão grande que não possa aprender, ninguém é tão pequeno que não possa ensinar.
Aprendi que todos tem problemas na vida. Problemas grandes ou pequenos, depende de como são vistos e principalmente de como são encarados.
Aprendi que as adversidades da vida não são para nos derrubar, mas sim para nos fortalecer. Aliás somos capazes de descobrir forças que nem imaginávamos ter.
Aprendi que é possível sorrir, mesmo diante de um problema.
Aprendi que tudo na vida tem o seu lado bom e também o seu lado ruim.
Aprendi que podemos até perder o que tanto queríamos, mas acabamos conquistando algo que nem imaginávamos ter.
Aprendi que a felicidade não depende do que temos, mas do bom uso que fazemos com o que nos é oferecido.
Aprendi que um abraço conforta mais do que palavras.
Aprendi que da vida, nada sabemos. Apenas uma certeza: um dia morreremos.
Aprendi que o tempo é precioso.
Aprendi que ter saúde é a maior riqueza da vida.
Aprendi que a fé é o que nos conforta quando achamos que tudo está perdido.
Aprendi que você pode conviver anos com uma pessoa e só no momento mais difícil ela se revelar à você como o apoio que precisa.
Aprendi, aprendi, aprendi….
Aprendi que por mais que eu aprenda todos os dias, terei sempre algo novo para aprender.
Assim é a vida.
Aprendendo e vivendo….

Débora Moura