quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

À Andreia Vianna



Na vida, passamos por situações que jamais imaginaríamos. Mas é assim mesmo que funciona... Muitas coisas boas acontecem, mas outras não tão boas assim também.

Ser paciente renal, ter que fazer hemodiálise, seguir orientações médicas e todas as suas restrições não é nada fácil, é muito doloroso! Mesmo assim, nós (pacientes) devemos procurar fazer de um tudo para se adaptar e conseguir levar a vida da melhor maneira possível. Quantas e quantas vezes já não escrevi falando sobre isso? Muitas. Mas quer saber? Nenhuma agulhada no braço dói mais do que perder alguém. E se esse alguém for uma pessoa que viveu ali do seu lado, partilhando da mesma dor, da mesma rotina, das mesmas restrições e que contigo reivindicou melhorias para clínica onde se tratavam, putz... me faltam palavras para descrever que dor é essa.

Andreia era famosa pelas encrencas que arranjava. Encrencas que na verdade era a maneira que ela encontrava para se colocar diante da vida e do problema de saúde! Cada um tem uma forma de encarar as situações, seja ela qual for. Mas eu posso dizer, que felizmente, conheci a Andreia que era amiga, divertida, com uma história de vida incrível! A dor da perda é difícil, sempre foi e sempre será! Mas com a dor em meu coração, tenho em mente que à ela disse tudo o que pensava e sentia à respeito dela... De alguma forma isso me tranquiliza, mas não diminui a dor.

Amiga, sim! Não da boca pra fora! Do coração mesmo... muito conversamos, compartilhamos dores e experiências, mas parece que nunca é o suficiente.

Não existem palavras, línguas, gestos ou mesmo pensamentos que possam expressar a dor da perda. A dor é fenomenal, incrivelmente dor, extraordinariamente dor, fatalmente dor. A dor da perda não tem som, não tem voz. Não existem palavras que definam a intensidade de perder alguém. Ela é tão incrivelmente dor que perdemos a definição e a expressão do que sentimos.
E isso faz tão parte da vida! Ganhar e perder, mas parece que nunca vamos aprender, porque essa, certamente, é a lição mais difícil que temos...

Aos que ficam: Lembremos com carinho toda lição que nos deixou e tentemos ser fortes.
À ela: Obrigada por ter me permitido te conhecer tão profunda e verdadeiramente! Descanse em paz!
À Deus: Conforte-nos e receba-a! Amém!

Sem mais...

Débora Moura.


Nenhum comentário:

Postar um comentário